Se os turistas sumiram, os investidores, não, diz prefeito de Orlando
Buddy Dyer, que comanda a cidade mais visitada pelos brasileiros no exterior, afirma que crise e dólar alto ainda não afastaram de lá quem sai daqui para investir
Mais que Nova York, Buenos Aires ou Miami, é Orlando a cidade mais visitada pelos brasileiros no exterior. Por ano, são mais de 700 000 turistas, o que coloca a cidade como o destino preferidos dos brasileiros lá fora, segundo o Hotel Price Index, levantamento da Hotels.com, empresa especializada em reservas hoteleiras que atua em 85 países. A crise brasileira, que tem a alta do dólar como uma de suas marcas, fez despencar o número de visitantes, segundo as autoridades de Orlando responsáveis pelo setor. Em levantamentos preliminares, os empresários locais reportam queda entre 30% e 40% do número de brasileiros na cidade em 2015. Mas, ao que tudo indica, os investimentos empresariais e no setor imobiliário ainda não deram sinais de arrefecimento, a despeito do problemático cenário no Brasil.
"O percentual de investidores brasileiros em busca de oportunidades de negócios manteve-se relativamente estável, mesmo com a desvalorização da moeda", diz Buddy Dyer, prefeito de Orlando. Os aportes no setor imobiliário, que aumentaram a partir da década passada, seguem dominando, mas o prefeito afirma haver uma crescente diversificação. Dyer dá especial destaque ao Orlando City, que disputa a Major League Soccer, a liga americana de futebol. O Orlando City tem o meia Kaká como principal estrela e o empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva entre seus maiores sócios. "A construção do estádio do Orlando City terá um impacto de 1,2 bilhão de dólares em investimentos que serão gerados em Orlando nos próximos 30 anos", afirma. O prefeito falou ao site de VEJA.
O dólar tem se valorizado muito em relação ao real. Que impacto isso tem tido sobre o fluxo de turistas e investimentos brasileiros em Orlando? Empresas locais têm observado uma redução de 30% a 40% no número de visitantes brasileiros em seus estabelecimentos. Mas o percentual de investidores em busca de oportunidades de negócios manteve-se relativamente estável, mesmo com a desvalorização da moeda.
fonte : veja.abril.com.br
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